04:35 pm
Quero gritar para que me ouçam,
mas não há som na minha bolha,
apenas um murmúrio de folha
castanha,outonal,perdida
que rasteja no chão desta vida,
seguindo a lei da estação
e ansiando o alegre Verão.
Quero que me compreendam,
a mim e ao mundo... ambos
tão perdidos,enlouquecidos,raivosos,
com um esgar insano de criminosos,
de quem quer fugir e não pode.
Sou humana...
Esta declaração em surdina,
que faço para mim e para vós,
sem força e quase sem voz,
não é tão banal assim:
precisei despir o que restava de mim,
deixar de me elevar ao que não sou,
reduzir-me a uma lágrima e a um suspiro.
mas não há som na minha bolha,
apenas um murmúrio de folha
castanha,outonal,perdida
que rasteja no chão desta vida,
seguindo a lei da estação
e ansiando o alegre Verão.
Quero que me compreendam,
a mim e ao mundo... ambos
tão perdidos,enlouquecidos,raivosos,
com um esgar insano de criminosos,
de quem quer fugir e não pode.
Sou humana...
Esta declaração em surdina,
que faço para mim e para vós,
sem força e quase sem voz,
não é tão banal assim:
precisei despir o que restava de mim,
deixar de me elevar ao que não sou,
reduzir-me a uma lágrima e a um suspiro.
posted by Eva Sanfiro at 4:35 da tarde
2 Pingos:
cada tua palavra tem voz para os que sabem ouvir. E pelos comentários, sou uma das poucas que te ouve ao de longe. Grita, grita para que venham mais, nunca te cales, chama o rebanho e quando eles vierem, não te esqueças de quem és, humana. O problema não está aí dentro, mas cá fora. (Estão todos a precisar de aparelhos auditivos:)*
E como eu compreendo tudo isso..será diferente para cada um, claro. Mas revejo-me nessa forma de sentir, nessa dificuldade. Espero que entretanto tenha sido só o condensar de alguns dias maus. Que estejas bem.
beijinho,
Joana
http://allinthemoods.blogspot.com
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