04:35 pm
mas não há som na minha bolha,
apenas um murmúrio de folha
castanha,outonal,perdida
que rasteja no chão desta vida,
seguindo a lei da estação
e ansiando o alegre Verão.
Quero que me compreendam,
a mim e ao mundo... ambos
tão perdidos,enlouquecidos,raivosos,
com um esgar insano de criminosos,
de quem quer fugir e não pode.
Sou humana...
Esta declaração em surdina,
que faço para mim e para vós,
sem força e quase sem voz,
não é tão banal assim:
precisei despir o que restava de mim,
deixar de me elevar ao que não sou,
reduzir-me a uma lágrima e a um suspiro.